quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Relatório aula prática 23 fev.


JOGOS DE OPOSIÇÃO

Aquecimento geral: Foi feita uma brincadeira lúdica de "Mãe aranha". Um dos alunos tinha que ficar no chão e para se movimentar só podia usar 4 apoios (mãos e pés), quando esse aranha pegar algum dos seus colegas esse colega se junta a ele virando outra aranha e ajudando ele a pegar o resto da turma assim sucessivamente até pegar toda a turma. A brincadeira foi realizada duas vezes e na seqüência uma variação dela que era "Mãe saci". Agora o aluno que pega só pode se mover pulando com um pé quando ele pega alguém esse alguém ajuda ele a pegar os demais. 
Os dois exercícios são de rapidez e atenção que também são características de jogos de oposição. Logo após foi feito o aquecimento neuromuscular.

Primeira Atividade: A turma foi dividida em duas equipes, uma equipe de roupa escura e outra com roupa clara. Agora a aula tem seu foco em alguns jogos de oposição uma bola é colocada no meio do tatame e dois círculos um em cada lado do tatame, o objetivo é pegar a bola e levar até seu circulo fazendo o "gol" sem ficar em pé e sem que seu colega consiga pegar a bola e fazer o gol dele. Nessa brincadeira temos que bolar uma estratégia algumas táticas tanto de defesa quanto de ataque usando o toque a pegada tentando bloquear seu adversário resistindo a defesa dele livrando-se ou esquivando até realizar seu objetivo. Logo esse jogo era de conquista de objetivo. Para escolher os ditos adversários cada aluno do grupo foi numerado sequencialmente até todos receberem uma numeração. A professora gritava um número e a dupla ia em direção a bola e começava a disputa. 

Segunda Atividade: O jogo se resumia a conquista de território. Uma equipe em cada lado do tatame e uma bola no fundo do lado de cada equipe. O objetivo era invadir a base do inimigo, conquistar a bola no fundo do tatame e levar até o seu lado. Assim como no exercício anterior, há a necessidade de uma estratégia e varias aptidões físicas são utilizadas durante ambos os exercícios tais como: resistência aeróbica, força, velocidade.

Terceira Atividade: Essa atividade era em duplas onde os alunos estão em decúbito ventral com quatro apoios e o objetivo é desequilibrar o seu oponente acertando golpes abaixo do cotovelo. Uma variação desse mesmo exercício, cada um vai segura uma das pernas de seu colega ficando os dois juntos com apenas uma perna no chão cada um e tentando desequilibrar seu parceiro sem cair com ele. Esse é um jogo de desequilíbrio obviamente.

Ao final da aula foi feito o relaxamento para a volta a calma.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Relatório aula prática 16 fev.

As aulas práticas foram direcionadas pela Prof. Ms. Keith Mary de Souza Sato Urbinati.

Aquecimento
: A aula começou com os alunos fazendo um círculo e cada um, sequencialmente fazendo um movimento de lutas de seu conhecimento e dizendo seu nome. Quem não possuia nenhum conhecimento prévio sobre o assunto, apenas reproduzia algum movimento e observava os colegas proporcionando desde este momento, uma troca de experiências.

Gymnastic ball
Primeira Atividade: Deslocando-se de acordo com o ritmo das batidas de palma da professora (em ritmos variados), os alunos quando as palmas parassem, tocar no colega na parte que foi indicada pela professora (ex. joelho, cabeça, etc).

Segunda Atividade: Essa atividade é feita em duplas, os alunos deveriam realizar um tipo de cumprimento/reverência e ao sinal da professora, eles deveriam tocar no ombro, abdomen ou joelhos do seu oponente. Trocava-se de dupla para sentir as diferenças de um colega para outro, criando uma dinâmica para produzir estratégias de como acertar o oponente.

A primeira atividade representa a percursão, com a movimentação por todo o espaço utilizado na aula (no caso o tatame), utilizando a esquiva como meio de fugir dos toques.
 
A segunda atividade proporciona a vivência da prática de uma luta de percursão alternando de ataque para defesa rapidamente mas com o espaço mais restrito.

Terceira Atividade: Continuando em duplas, os alunos sentam-se de costas um para o outro, pernas estendidas e as mãos na altura da orelha, com uma bola de gymnastic ball entre eles. Ao sinal da professora, eles deveriam segurar a bola e impedir que o colega a pegasse.

Quarta Atividade: Agora as bolas são retiradas e os alunos encostam nas costas um do outro. O objetivo da atividade é fazer o colega encostar as costas no chão.

A terceira e quarta atividade classificam-se como de domínio, apenas muda-se o enfoque primeiro o domínio da bola e depois o dominio do corpo.

Visão Geral e conclusão

Percebemos que as lutas não são necessários apenas os movimentos sólidos de ataque ou defesa das artes marciais e que podem ser trabalhadas de forma lúdica, desenvolvendo a motricidade, raciocínio, força, capacidade cardiorespiratória e a inclusão de toda a turma na atividade. Algumas escolas não terão estrutura para realização de algumas atividades (falta de espaço, material, etc), porém, é necessário a capacidade de adaptação das atividades, não privando os alunos de ter essa vivência e conhecimento.

Classificações das lutas


Se você, assim como nós graduandos de Educação Física, pretende ter uma iniciação ou contato com ao mundo da luta, precisa conhecer alguns conceitos básicos para entender que não basta apenas “sair no braço!”. E para sanar algumas duvidas apresentamos o texto esquematizado a seguir, embasados no artigo de autores que realmente entendem do assunto.
As lutas provem de tempos primórdios, traz consigo diversos significados que podem envolver cultura, religião, ritos, arte, tradição. Significados que podem ser trabalhados dentro da educação física escolar, possíveis de adaptação ao contexto.
As lutas sendo orientais ou ocidentais, são organizadas de acordo com seu objetivo de combate, distancia entre oponentes, tipo de contato, ações motoras e o tipo de meta, essas subdivisões podem nos auxiliar na escolha do ensino e sua metodologia.
Conforme o artigo podemos citar as classificações atribuídas as lutas por ESPARTERO (1999):
- Esporte de lutas com agarre: onde o agarre é o objetivo comum e projetar o oponente ao solo;
- Esporte de lutas com golpe: que é subdividido de acordo com o golpe, por exemplo: golpe apenas com punhos, apenas com a pernas  ou o conjunto.
- Esporte de lutas com implemento: onde se toca o adversário com um implemento, como por exemplo a espada.
No contexto esportivo, de treinamento, avalia-se com riqueza de detalhes essas classificações, já no contexto escolar, como defende GOMES (2008), essa diferenciação apenas torna tudo mais confuso, uma vez que seu objetivo é proporcionar a vivencia e o conhecimento entre os alunos.
Dentre as formas de classificação de alguns autores, é defendida a apresentada por HERNARES(2000), que divide as ações motoras de um combate em “derrubar o adversário”, “golpear” e “tocar”, uma forma de apresentar o conhecimento sobre luta sem se preocupar com sua modalidade.
Segundo o modelo proposto por BAYER(1994) existem aspectos que são indispensáveis para que uma atividade seja caracterizada luta, estes são chamados de Princípios Condicionais da Luta:
- Contato proposital: pode ocorrer de varias maneiras, um contato intencional usando técnicas, táticas, para conquistar o objetivo da luta.
- Fusão Ataque/Defesa: é o que diferencia a luta dos jogos, ataque e defesa podem ocorrer simultaneamente por parte de ambos lutadores.
- Imprevisibilidade: não se pode planejar estratégias, o que torna a luta imprevisível, uma vez que, cada oponente terá uma reação diferente a ação anterior.
- Oponentes /Alvo: são os próprios lutadores, móveis, imprevisíveis.
- Regras: é o que legitima um combate, são elas que ditam quase as táticas e técnicas a serem utilizadas em cada uma das diversas modalidades.
Existem uma grande variedade nas modalidades, mesmo contendo o mesmo principio condicional, elas possuem sua própria historia, característica e tradição. As modalidades variam conforme a situação:
- Curta distancia: onde o contato é direto e o espaço entre oponentes é quase nulo. Em lutas de domínio como o judô, jiu-jutsu, greco-romana, etc.
- Media distancia: o espaço entre lutadores é moderado e o golpe não depende do contato para acontecer. Como karatê, tae-kwon-do, capoeira, muay thai, etc.
- Longa distancia:existe maior distancia entre os adversários onde é necessário o uso de implemento, como a espada, é preciso estar afastado pra se proteger. Um exemplo de longa distância seria a esgrima.
A partir das considerações supracitadas, quanto aos princípios condicionais, as formas e situações na dinâmica da luta, podemos contextualizar melhor esse universo, entendendo que a aplicação na escola são múltiplas uma vez que promove o desenvolvimento global do aluno.

Referências: GOMES, et al. Ensino das lutas: dos princípios condicionais aos grupos situacionais. Campinas 2010.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Lutas: Abordagens, experiências situacionais e aplicações pedagógicas.

A apresentação e ensino de lutas na escola, requer uma prévia do que esse conteúdo traz historicamente e o que deve ser incentivado em sua abordagem. Del Vecchio cita em seu artigo "Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate: Possibilidades, Experiências e Abordagens no Currículo da Educação Física", que: A luta constitui-se como uma das mais antigas manifestações da cultura humana, sendo mundialmente difundida e apresentando, em cada região, diferentes práticas e concepções.[...] podendo estar vinculada à preparação para guerra; auto defesa; exercício físico; jogo ou como ação ruralística (ESPARTERO, 1999).
O surgimento das artes marciais no oriente é de uma data tão longínqua que apresenta uma carência para definir precisamente sua origem, já que acompanha a filosofia e algumas crenças dos povos. Já no ocidente, os gregos que oficializaram os combates inserindo-os nos jogos olímpicos e posteriormente adotado pelos romanos em combates de gladiadores. Sendo essas lutas um dos maiores meios que proporcionou mudanças nas civilizações, sendo superada pelos armamentos após a Revolução Industrial, com isso, as lutas foram perdendo seu poder bélico.

Representação de pinturas rupestres de lutas à esquerda e à direita pintura de um Samurai.
 Apesar destes eventos ocorridos no decorrer da história, muitos povos ainda mantém nas tradições e festividades como na Espanha as lutas canária e leonesa; em Portugal a Galhofa; na Rússia o Sambô; etc. Com essa influência, as lutas integram a parte cultural de diversos povos, qual pratica também pode ser ensinada no âmbito escolar. Consideramos que no Brasil, apesar de não ter origem aqui, a capoeira faz partes das raízes do país quando foi trazida pelos escravos quando era colônia de Portugal.
A sua abordagem na escola compete ao licenciado de Educação Física, que na escola, procura o desenvolvimento da manifestação corporal e cultural, diferentemente da abordagem informal e esportiva responsabilizado pelo bacharel que, objetiva o condicionamento físico e a preparação de técnica e tática.
As lutas na sociedade são vistas com um grande preconceito de uma sociedade predominantemente violenta, com isso, é levado para a escola a idéia de "lutar é ruim". No momento em que se deveria aplicar as lutas, é designado atividades motoras do esporte, dança ginástica, etc, e não de conhecimentos aprofundados acerca dessas atividades.
O ensino de apenas um estilo de luta para os estudantes da graduação de Educação Física torna-se escasso de conhecimento, pois para o domínio da técnica é necessário mais tempo, quando é ministrado na graduação apenas em dois semestres já que alguns dos alunos não seguirá este caminho. O importante seria desenvolver um programa de educação física para suas aplicações do que apenas um único estilo. Acreditamos que essa escassez poderia ser suprida por algum mestre de alguma arte marcial (oriental ou ocidental) convidado para apresentar uma aula propondo a vivência da luta sugerida, com o seu enfoque no desenvolvimento motor, social e filosófico não privando os alunos dessa experiência.

Chegamos a conclusão que a prática das lutas mostra, aplicada juntamente com a ludicidade, proporciona o desenvolvimento motor, convívio social e filosófico acarretando um processo de revisão dos conceitos que as lutas podem oferecer e deixando para trás alguns preconceitos formados pela sociedade.

Acadêmicos de Licenciatura em Educação Física PUCPR
Alexandre Augusto, Lucilene Bastos, Luiz Henrique e Paola Borges.

Referências
DEL VECCHIO, Fabricio Boscolo; EMERSON, Fanchini. Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate: Possibilidades, Experiências e Abordagens no Currículo da Educação Física.