quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Lutas: Abordagens, experiências situacionais e aplicações pedagógicas.

A apresentação e ensino de lutas na escola, requer uma prévia do que esse conteúdo traz historicamente e o que deve ser incentivado em sua abordagem. Del Vecchio cita em seu artigo "Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate: Possibilidades, Experiências e Abordagens no Currículo da Educação Física", que: A luta constitui-se como uma das mais antigas manifestações da cultura humana, sendo mundialmente difundida e apresentando, em cada região, diferentes práticas e concepções.[...] podendo estar vinculada à preparação para guerra; auto defesa; exercício físico; jogo ou como ação ruralística (ESPARTERO, 1999).
O surgimento das artes marciais no oriente é de uma data tão longínqua que apresenta uma carência para definir precisamente sua origem, já que acompanha a filosofia e algumas crenças dos povos. Já no ocidente, os gregos que oficializaram os combates inserindo-os nos jogos olímpicos e posteriormente adotado pelos romanos em combates de gladiadores. Sendo essas lutas um dos maiores meios que proporcionou mudanças nas civilizações, sendo superada pelos armamentos após a Revolução Industrial, com isso, as lutas foram perdendo seu poder bélico.

Representação de pinturas rupestres de lutas à esquerda e à direita pintura de um Samurai.
 Apesar destes eventos ocorridos no decorrer da história, muitos povos ainda mantém nas tradições e festividades como na Espanha as lutas canária e leonesa; em Portugal a Galhofa; na Rússia o Sambô; etc. Com essa influência, as lutas integram a parte cultural de diversos povos, qual pratica também pode ser ensinada no âmbito escolar. Consideramos que no Brasil, apesar de não ter origem aqui, a capoeira faz partes das raízes do país quando foi trazida pelos escravos quando era colônia de Portugal.
A sua abordagem na escola compete ao licenciado de Educação Física, que na escola, procura o desenvolvimento da manifestação corporal e cultural, diferentemente da abordagem informal e esportiva responsabilizado pelo bacharel que, objetiva o condicionamento físico e a preparação de técnica e tática.
As lutas na sociedade são vistas com um grande preconceito de uma sociedade predominantemente violenta, com isso, é levado para a escola a idéia de "lutar é ruim". No momento em que se deveria aplicar as lutas, é designado atividades motoras do esporte, dança ginástica, etc, e não de conhecimentos aprofundados acerca dessas atividades.
O ensino de apenas um estilo de luta para os estudantes da graduação de Educação Física torna-se escasso de conhecimento, pois para o domínio da técnica é necessário mais tempo, quando é ministrado na graduação apenas em dois semestres já que alguns dos alunos não seguirá este caminho. O importante seria desenvolver um programa de educação física para suas aplicações do que apenas um único estilo. Acreditamos que essa escassez poderia ser suprida por algum mestre de alguma arte marcial (oriental ou ocidental) convidado para apresentar uma aula propondo a vivência da luta sugerida, com o seu enfoque no desenvolvimento motor, social e filosófico não privando os alunos dessa experiência.

Chegamos a conclusão que a prática das lutas mostra, aplicada juntamente com a ludicidade, proporciona o desenvolvimento motor, convívio social e filosófico acarretando um processo de revisão dos conceitos que as lutas podem oferecer e deixando para trás alguns preconceitos formados pela sociedade.

Acadêmicos de Licenciatura em Educação Física PUCPR
Alexandre Augusto, Lucilene Bastos, Luiz Henrique e Paola Borges.

Referências
DEL VECCHIO, Fabricio Boscolo; EMERSON, Fanchini. Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate: Possibilidades, Experiências e Abordagens no Currículo da Educação Física.





 

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